O XIX Congresso da JSD teve lugar nos dias 20, 21 e 22 de Abril, em Espinho.
Uma nota prévia sobre a cidade e comentário do meu bom amigo Tiago Dias: "Não há Espinho com rosa!". Isto porque a cidade é feia, as estradas esburacadas e os edifícios velhos (atenção: velhos, não antigos) e a precisar de reforma, para anteontem!
Posto isto, tenho a declarar que este Congresso da JSD foi para mim memorável, por muitas razões, algumas delas boas.
Passo a referir somente as boas, porque hoje faço anos e fui invadida por um positivismo, inesperado para a data.
Pela primeira vez na minha sumária presença na JSD, fui delegada ao Congresso.
Inerente a essa responsabilidade, cumpri todos os meus deveres:
- li as moções sectoriais, votei-as;
- bati palmas sinceras;
- respeitei a decisão hierárquica do meu presidente de secção, de apoiar o candidato, Bruno Ventura;
- despedi-me de amigos, verti lágrimas sentidas;
- surpreendi-me com a humanidade e simplicidade de vários dos intervenientes principais deste Congresso;
- assisti a intervenções brilhantes, apaixonadas;
- apaixonei-me por um projecto de Jota;
- votei numa moção global;
- cantei o hino da JSD com o coração e
- estou confiante na equipa que o XIX Congresso elegeu para trabalhar pela estrutura nos próximos dois anos.
Também eu darei o que tiver à Jota. Não apenas nos próximos dois, mas, pelo menos nos próximos quatro anos.
Congratulo ambos os candidatos, pela postura elevada e a luta digna com que se debateram.
Parabéns JSD!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Marta
De um ex-jota um "pedaço" mais velho, deixe que me mostre sensibilizado com este texto.
Eu (sei que o desconhece, pois já não me apanhou na JSD) também era dos que, mesmo quando entrei para a CPN (primeira vez em 1994, saindo em 2002) ouvia o maior número de discursos e lia quase todas as moções.
Aliás, o meu primeiro discurso em Congresso, em 88 ou 89 (já nem sei... Estou senil...), foi sobre uma moção sectorial de Setúbal.
A avaliar pelos seus dados biográficos e pelo que intui de si, nos 5 minutos em que a vi, sei que tem a personalidade bastante para não perder essa pureza de ideais.
Poré, fica a advertência de um cultor do género: é um caminho em que se vai "magoar" muitas vezes e em que vai ver "horrores" que não imaginou.
Agora que tenho uma experiência no dirigismo futebolístico, digo que, no futebol e na política do burgo, embora se conheça gente de primeira água, há realidades que são piores do que sonhámos.
Não obstante, live it up, dear Martha ;)
Cara amiga,
Para quem viu a zona convém explicar que a ideia da frase surgiu-me quando estavamos a passar entre 3 Catterpilars, 4 crateras, um hotel enferrujado e uma linha de comboio. A Imagem não é bonita.
Quanto ao congresso assino por baixo. Alguns motivos são idênticos, outros iguais mesmo, outros diferentes.
Mas uma coisa não posso deixar de marcar. A tua postura.
A tua postura foi um exemplo de militância. De como se pode ser leal e livre simultâneamente.
Foi um bom congresso e entre as coisas más, as boas tudo superaram.
Beijinho.
Cara Marta
De um ex-jota, ainda mais velho que o Gonçalo Capitão,deixe-me dizer-lhe que ao ler a sua postagem me lembrei também do meu primeiro congresso da JSD (já nem me lembro onde porque,tal como no Gonçalo, a senilidade avança...)e do encanto que para mim tal representou.
Pssei quinze anos da minha vida a militar na Jota,desde Janeiro de 1975 até 1989,sei bem o que custou a construção da organização e do próprio partido.
Mas também sei que valeu, e continua a valer, a pena.
Uma palavra final,que não é para a desanimar mas apenas reforçar a prevençaõ que o Gonçalo aqui deixou: Não perca os ideiais ,nem os sonhos,mas prepara-se para algumas desilusões,contratempos e momentos em que se vai questionar a si própria sobre se vale a pena.
Garanto-lhe que vale !
Até porque no dia em que quem ousa sonhar...desistir,fica o caminho aberto para os "outros".
Os tais de onde são oriundos os "horrores" de que o Gonçalo avisadamente fala.
Mas pensamento positivo,porque acho que você vai partilhar e contribuir para tempos bons da JSD.
Um beijinho de parabéns pelo aniversário
Minha Querida Amiga
Agrada-me a tua pureza de ser. Eu já por cá ando à algum tempo, já vivi momentos muito interessantes na Jota, não me sinto ex. Jota, pois Jota uma vez é-se Jota para sempre. Mas crê-me que a melhor forma de ultrapassar os “amargos de boca” de que fala o Gonçalo Capitão é sonhar por um ideal, sonhar que é possível zelar pelo bem comum e saltar as barricadas dos egoísmos.
Gosto de ti pela tua transparência e inteligência, é de pessoas como tu que a Nação carece.
Beijoquitas
Martinha,
Este Congresso também ficou marcado em mim, não só por ter sido o meu primeiro congresso (espero que de muitos) mas também pela sempre boa companhia que é a “nossa gente”! Fico feliz por ver que cada vez mais se forma uma união entre todos nós!
Tiveste muito bem no Congresso e uma coisa te digo, nunca percas essa tua sinceridade que te persegue para todo lado, marcas diferença com isso e embora te possam surgir todas as desilusões do mundo, essa vai ser a tua melhor arma para não desistir dos teus ideais…
Quanto à cidade: sim é feia, os edifícios são antigos, mas no fundo no fundo gostei do quartinho na nossa pensão, senti-me na casa da minha avó=)
Ora bolas, espero não chegar tarde para comentar este post! É que para acompanhar o Psico convenientemente há outros locais que ficam por visitar...
Eu tb sou ex-jota mas não tanto como Gonçalo ou o Luis Cirilo. E por isso ainda me lembro de quando o 1º entrou para a CPN na Figueira da Foz, tratando o Presidente da Mesa do Congresso por "meu General". É que esse fou o MEU primeiro Congresso!
O meu primeiro Congresso não teve tanta piada como o último (chamo ao de Espinho o meu último): era de lista única, estávamos no Governo, eu conhecia pouca gente. Por isso te digo Marta: o melhor ainda está para vir!
O que diz o Gonçalo é verdade, mas tu já tens a responsabilidade de não desistir. Porque vais de certeza deixar a tua marca na Jota. E a Jota precisa da tua marca porque o que diz o Luís Cirilo também é verdade!
Enviar um comentário