sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Para os que consideram esta uma discussão esotérica:

O nosso caminho: social democracia para o séc.XXI
"O primeiro Programa do PSD data de 1974 e foi alvo de uma revisão, realizada há 15 anos.
Não se trata de mexer numa matriz ideológica que é a nossa. Temos de actualizar o nosso programa à luz das mudanças que entretanto ocorreram num País e num Mundo mais global."
Aconselho vivamente a todos a participação nesta revisão, totalmente virada para os portugueses e para o futuro. São os próprios Marques Mendes e Pinto Balsemão que promovem a colaboração de todos.
O site da Revisão do Programa do Partido tem um conjunto vasto de informações, desde citações do fundador Francisco Sá Carneiro aos contributos dados no sentido de engrandecer este louvável trabalho de debate, pesquisa e aproximação entre militantes e altos quadros do partido.
Porque o PSD é de todos e é para o Futuro!
Forum - http://www.programa.psd.pt/forum

6 comentários:

Gonçalo Capitão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gonçalo Capitão disse...

O único problema, a meu ver, é a espécie de outsourcing intelectual em que vive o PSD.
Eu que já vou nos 35, passei mais de metade da minha vida no PSD (e JSD, pois claro) e lembro-me da revisão do programa de meados dos anos 90 (era eu presidente da cpd de Coimbra. Irra, que estou velho...). A assembleia distrital convocada para o efeito encheu e desde a JSD a professores da Universidade de Coimbra, muitos colaboraram sem "pregadores" com estatuto de Tony Carreira em tournée pela província...

Hoje, são conferências temáticas com vedetas e reza-se para que calhe ao nosso distrito um tema de jeito, já que é por cardápio, desta vez.

Por fim, uma nota sobre as novas tecnologias. Devem empregar-se (defendi-o sob a forma de tese) na política, mas temos de ser realistas: não só Portugal tem um elevadíssimo grau de iliteracia informática, como o contributo escrito exige um esforço e uma capacidade de verbalizar de que muitos fugirão, no limite, por preguiça.

Abrir a via da Net é bom, mas bem me lembro de que, quando fui deputado (2002-2005), havia representantes da Nação que mal sabiam ligar o computador. A menos que o PSD ache que os militantes são muito mais esclarecidos do que isto, não se me auguram "amanhãs que cantam"...

Gonçalo Capitão disse...

E eis um bom exemplo da democracia actual do PSD... è por isto que vou escrevendo no tom anterior. Em tempos idos, discordar era sinónimo de saúde interna do partido. Hoje é razão para insulto gratuito, que apenas desqualifica quem o produz.
Em todo o caso, não contibuirei mais para estragar o unanimismo desejado pelos leitores deste excelente Blog.

Marta Rocha disse...

Este é o meu blog pessoal e por essa razão, chamem-me egoísta, as postagens e comentários são para mim. Funciona como um caderno de mesa de cabeceira*, anotado por mim e pelos visitantes. Neste sentido pouco ou nada releva a homogeneidade de posições, mas o ter opinião, qualquer que seja ela.
Agradeço sempre os contributos. :)

*Quando se conserva um caderno na mesa de cabeceira, só escrevemos nele aquilo que realmente justifica acender a luz.

Gonçalo Capitão disse...

Não há dúvida de que será uma óptima política (é um elogio!!!)...
;)

Luis Cirilo disse...

Cara Marta
Tenho perfeita noção que hoje no nosso partido existem niveis de intolerância bem superiores ao,já não digo desejável,normal.
Curiosamente a maior parte desses sinais que se manifestam na imprensa mas tambem nos blogues(no seu,no meu,no do Gonçalo e em varios outros que leio)vem de um lado bem identificado.
Aquele que convive mal com a critica,com a alternativa,com o pensar diferente.
Adiante.
A revisão do programa do PSD,segunda na sua história,poderá propiciar a inclusão nele de matérias ausentes do texto fundador e da primeira revisão,manifestamente porque nesse tempo não tinham a relevãncia que tem hoje.
As novas tecnologias,o Ambiente,a politica de cidades entre outros.
E daí que tenha a expectativa que deste processo saia um programa moderno,atractivo e adequado aos tempos que vivemos.
Estou de acordo com o Gonçalo sobre a metodologia.
Merecia que os debates tivessem mais povo e mais assunto e menos formalismo e "vedetas".
Mas foi assim que decidiram e tem, pelo menos, o mérito de estar a envolver todas as figuras do partido na elaboração dos textos.
Sejam ou não apoiantes da actual direcção politica.
E isso é um sinal positivo.